Se caiu uma pena do meu poema, que pena!
Ela se foi com o vento longe
Foi brincar de surfar noutras alturas.
Uma palavra aliada ao verso,
Uma aventura sem rima em cena,
Uma estrofe ganhando horizontes.
Lá se foi minha dor, que pena!
Saiu de mim, descolou ao sol,
Mas deixou minhas asas mais leves,
Foi brincar noutro azul de gangorra
E no vai-e-vem do balanço do céu.
Lá se foi minha pena, ao léu!
Saiu de mansinho faceira.
Desapeguei-me sem dó, de súbito,
Pois sei que ela não vai mais voltar.
Resignado, continuo na lida, atento,
Ainda sou criança, quero tecer outros poemas.
Quero brincar, quero soletrar outras linhas
E, nas entrelinhas, mudar minha sina.
De sorte, ganharei outras penas,
outras cores, outros ânimos... búhhh!!!
Que venham outras penas, afinal
Outras nascem no lugar,
Sem desesperança.
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