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SAUDADES EM SONHO ACORDADO, por João Maria Ludugero


Hoje acordei 
e logo de manhãzinha
dei de cara com as lembranças
lá da casa de dona Maria de Seu Odilon.
Senti aromas de café, cuscuz e bolo de fubá,
misturando-se aos cheiros de feijão no fogo,
além de carne de cabrito temperada na panela.
Senti o perfume das cebolinhas e coentros,
imaginei a toalha de flor
na mesa azul da cozinha,
desenhei a risada da minha mãe
num papel de pão,
aqueci sua fotografia no peito
(ou foi ela que me aqueceu?)...
Insisti em deitar-me no seu colo quente,
ela sorriu a me fazer cafuné.
Fingi dormir, deixando a cuca me pegar.
E assim meu coração desandou a doer
de saudades... de tantas saudades,
porque ele bem sabe que ela não está aqui
e que não mais vai voltar.
Mesmo assim, sopro as cinzas
na intenção de acender meu peito,
e continuar na lida, de certo resignado
por ter compartilhado da vida
daquela pessoa mais linda:
Dona Maria de Seu Odilon!
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João Maria Ludugero

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