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MÁSCARAS, por João Maria Ludugero


Há máscara que impregna
de tanto ser usada, 
que acaba por se afixar, de jeito,
roubar a face, ser uma segunda pele.
É preciso coragem para não ser possuído,
dominado pelo olhar da mentira aderente
que está por trás de tal artefato.
Alguns escondem rugas, 
outros o medo da dor,  fingem fugas
do amor que não mais se sente, 
a agonia diante da solidão. 
Outrem encobre a paixão
que diz continuar sentindo, desesperado,
e ainda há os que se deixam cair com a máscara.
Há criaturas que vivem dependuradas
em aparências, agarradas ao 'já morreu'
do brilho que nunca viveram. 
O pior vem quando despencam essas máscaras,
e as caras ainda assim se empertigam na pose, 
sentadas na próxima boulangerie, 
tomando chá das cinco com biscoitos finos, 
pura massa podre.
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João Maria Ludugero

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