Eu tive uma infância feliz.
Eu sempre fui um menino travesso
desses levados da breca,
que andava de velocípede
e, quando aprontava alguma estripulia,
me escondia sob as saias e anáguas
da minha madrinha benzedeira Ana Moita,
onde gostava de me enfiar, de súbito,
só pra escapar de um puxão de orelhas.
Recordo-me bem, que eram tantas
rendas, babados e aromas
que se evolavam daquele ninho animado
de tantas anas e águas de banhos de bica,
de cabras-cegas, de carrinhos de rolimãs,
de furtar romãs no quintal de dona Inês Rosa
e de se enxerir pras meninas
a tomar banho de cuia de água fria
do jeitinho que se veio ao mundo,
lá no açude do Calango.
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