Em que rua larguei minha alma,
Em que becos, em que casa caiada
Em que leito debrucei meu corpo
E a que horas do dia ou da noite parti
O coração contra minha vontade?
Por que razão as circunstâncias me levaram
Para longe da minha Várzea amada,
E a saudade, essa saudade latente
Passou a ser abundante no meu peito,
Só por causa desse lugar
Que não se acaba em mim.
Sinto saudades, sim, não nego,
Das coisas boas que vivi...
E ora a solidão que habita em mim
É tua ausência que brilha na tarde
Ao lusco-fusco do céu de Brasília.
Apenas sinto um receio, de fato,
De tudo ser igual doutra maneira.
E o medo de que a vida seja isto:
Um hábito quebrado que não se reata,
Senão noutros lugares que não conheço.
Careço deitar em teu colo minha Várzea,
Só pra aliviar meu coração do enfado!
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