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CORAÇÂO VARZEANO, por João Maria Ludugero



Em que rua larguei minha alma,

Em que becos, em que casa caiada
Em que leito debrucei meu corpo 
E a que horas do dia ou da noite parti 
O coração contra minha vontade? 
Por que razão as circunstâncias me levaram 
Para longe da minha Várzea amada, 
E a saudade, essa saudade latente 
Passou a ser abundante no meu peito, 
Só por causa desse lugar 
Que não se acaba em mim. 
Sinto saudades, sim, não nego, 
Das coisas boas que vivi... 
E ora a solidão que habita em mim 
É tua ausência que brilha na tarde 
Ao lusco-fusco do céu de Brasília. 
Apenas sinto um receio, de fato, 
De tudo ser igual doutra maneira. 
E o medo de que a vida seja isto: 
Um hábito quebrado que não se reata, 
Senão noutros lugares que não conheço.

Careço deitar em teu colo minha Várzea,
Só pra aliviar meu coração do enfado!

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João Maria Ludugero

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