Emicarlo de Souza é o único potiguar que vai disputar provas no atletismo. De família simples, mas de espírito forte. Nascido em João Câmara e criado em Bento Fernandes, distante 88 Km da capital do Rio Grande do Norte, Emicarlo Elias de Souza, 29 anos, começou por acaso no atletismo. Aos dezesseis anos, enquanto trabalhava num fábrica, acabou perdendo o antebraço esquerdo numa máquina de triturar capim. A mutilação o fez tomar um novo rumo. Após entrar no esporte, foi apresentado em Natal ao treinador José Figueiredo, ex-técnico de seleções brasileiras de várias categorias e da ex-recordista sul-americana dos 400m, a potiguar Magnólia Figueiredo.
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Com dez meses de treinamento, entre a pista de barro do CAIC e as
corridas para casa, veio a surpresa: uma convocação para treinar com a
Seleção Brasileira. Foi aí que surgiu o convite para treinar em
Brasília, num projeto composto por atletas de nível nacional e
internacional, junto de outros esportistas, ainda com pouco
reconhecimento e que sonham com um patrocínio e melhores condições.
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Hoje eu vivo somente do esporte, e consigo manter minha mulher e minhas
duas filhas com o suor do atletismo - conta Emicarlo, que é casado com
Joana Claudione e tem duas meninas, Evelly, de seis anos, e a pequena
Leamy, de apenas sete meses de vida.
Para Emicarlo, o esporte entrou na sua vida de uma maneira
impressionante e fez com que ele recuperasse a auto-estima perdida por
conta da perda de um membro.
- Consegui retomar a autoestima com o atletismo. Nós atletas, mesmo com
deficiência física, temos a possibilidade de fazer qualquer coisa e
somos capazes de conquistar tudo que quisermos - fala emocionado o
paratleta, único representante do atletismo potiguar nas Paralimpíadas
de Londres.
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