Por ser de lá
Carrego nas asas do vapor
Minha saudade que arde toda tarde
No emaranhado da minha sede de escrever,
Confiando ao peito minha vontade de viver,
Que corre o espaço profundo a pelejar a sorte,
Colhendo o dia na força do braço,
Sob o chuá da lajinha ao lajedo do gado
A pastar por riachos do mel
Em sítios do riachão aos seixos
Dando forma ao meu desejo de lá viver
Minha paixão maracujá,
Por umbus, trapiá, itapacurá a dentro
Percorro o leito salgado
Do rio Joca e não esmoreço,
Renasço assim feito capim grosso,
Sou majestoso juazeiro
No meio do agreste de verde sonhar,
Onde aprendi a trabalhar a quimera,
Acordar ação em hora certeira,
Antes do sol bater na cumeeira, a pino,
Entendo a magia e os limites do tempo.
Meu poema é semente de horizonte:
Pede empreitada de sonhos,
Plantio, trabalho, esperança nova.
Sou varzeano e acredito na lida,
Tenho sede e escavo fundo as minhas cacimbas
Que acabam vertendo poemas
Que minam, que brotam
Dos meus ariscos olhos d'água.
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