No seco ou no molhado,
Na sala ou na avenida,
Na subida do aclive
Na descida do morro,
Na alameda dando bandeira
Quando ela requebra as cadeiras,
O mundo se bandeia de todos os lados
De frente e verso,
Rebola à torta e à direita,
Podendo até ser feia de cara,
Mas uma bunda é uma bunda,
Tem lá sua suprema importância.
É uma chama acesa em potência,
Que chama atenção redobrada
Que ao abundar, abunda e pronto,
Não prejudica o conjunto,
Ao causar impressão maravilhosa,
Da primeira à última vista
Nem que seja rebolando à toa,
E ainda mais se dourada pelo sol,
Abundante ao calor do bronzeado
Da cor do pecado ao deleite do dia.
E eu, cá com meus botões, na lida,
Que não sou bobo coisa nenhuma
E tenho lá meu apreço, no fundo,
Passo a contemplá-la num silêncio mudo,
Vou vendo aquilo tudo com alegria imensa.
Já desnudo de vergonha na cara,
Vou apreciando o que a bunda inteligente me dita.
E ela astuta com arte e manha rodopia,
Faceira, insinuando-me a vir vê-la.
Eu venho que venho, mas não me contenho
Ao dar de cara com a bunda, relaxo
E meto a cara na vida, não faço fita,
Não levo desaforos para casa,
Não vou dar o gostinho dela passar
Em brancos versos!
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