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TERNO CINZA, por João Maria Ludugero



Onze horas abertas ao meio-dia, 
Flor da pele
Céu aberto, 
Terra nua, lá me vou nu
Trago um caçuá 
Repleto de mangas
Que colhi lá das bandas do Itapacurá
Passei no riacho do mel, 
Colhi os cinzas da Várzea,
Passei sebo nas canelas 
Só pra enfrentar a capoeira
Moleque levado da breca arranhei o céu
Agarrei-me ao sol a me girar a cabeça,
Inventei bichos nas nuvens esfiapadas,
Ganhei o mundo reverdecido,
Pisei nas folhas do chão da tarde amena,
Tão grande tão terno meu outono.

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João Maria Ludugero

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