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AZUIS, por João Maria Ludugero

Eu já pintei de azul os meus sapatos 
por não pode azulejar as ruas,
depois, despi-me do terno azul marinho
e colori as minhas mãos e as tuas. 
Descalços, ficamos nus em pelo, sem vergonha
de derramar em nós o azul do firmamento
e armar no céu a lua de prata...
Enfim, depois de tantos sóis, sem cansaço,
Entornamos simplesmente o azul 
sobre vestidos, juízos e gravatas.
E mergulhados em nós, 
tangemos os percalços,
e cheios do céu, caímos feito chuva 
a molhar a terra toda prosa e nua às tintas,
afoita para receber nossos pingos azuis...
E assim achados no azul nos contemplamos arteiros.
E foi aí que vi teus olhos d'água a marejar os meus,
e num piscar de olhos, pude ver tua íris de soslaio 
a me convidar a correr dentro do teu olhar contente 
vertiginosamente azul. Azul-piscina,
onde meu olhar se espiou ao mergulhar inteiro.
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João Maria Ludugero

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