Fotos anexadas ao inquérito mostram marcas de violência nos corpos dos adolescentes (Foto: Cedidas/Promotoria de Caicó) |
Pelo menos 14 policiais militares estão sendo apontados como suspeitos de terem espancado - a chutes, socos e golpes de cassetete - adolescentes apreendidos no Centro Educacional (Ceduc) para menores infratores de Caicó, município da região Seridó do Rio Grande do Norte. Segundo o promotor Vicente Elísio de Oliveira Neto, titular da 1ª promotoria de Justiça da comarca da cidade, as agressões teriam ocorrido na noite desta última segunda-feira (24). Nesta quarta (26), o próprio promotor instaurou um inquérito civil para "apurar as circunstâncias em que se deu o espancamento de 19 dos 19 socioeducandos internos no Ceduc Caicó".
O G1 falou com o major Walmary Costa, comandante do 6º Batalhão da PM em Caicó. Ele disse que ainda não tomou conhecimento da investigação e que só falará sobre o ocorrido quando for informado formalmente dos fatos. "Não estou sabendo de nada. Prefiro só me pronunciar quando for oficialmente comunicado", respondeu.
As supostas agressões, segundo o promotor, aconteceram após os adolescentes terem ateado fogo em um pedaço de colchão. "No dia 24, ainda à tarde, um dos menores foi espancado por dois policiais militares que faziam a escolta de dois adolescentes. De dentro do alojamento, um interno teria jogado um copo de plastico vazio nos PMs. Os dois policiais retornaram, retiraram o garoto do alojamento e bateram nele. Uma professora ficou em estado de choque com o que viu. À noite, os adolescentes atearam fogo em um pedaço de colchão e o Corpo de Bombeiros foi chamado. Junto com a equipe, chegaram os policiais militares. Após o fogo ser apagado, os PMs enfileiraram os menores em um corredor e iniciaram a pancadaria", relatou Vicente Elísio.
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