Fotos mostram Fabiene antes e depois de sofrer as agressões (Foto: Arquivo da família e Matheus Magalhães/G1) |
A polícia do Rio Grande do Norte ainda procura pelo homem suspeito de ter desfigurado o rosto de uma mulher, sua ex-companheira. Fabiene Gonzaga Martins, de 25 anos, é dona de casa e terá que fazer uma cirurgia para reconstituir dois ossos da face. Ela conta que apanhou com um cabo de vassoura e levou vários socos. A polícia prefere não revelar o nome do suspeito para não atrapalhar as investigações.
De acordo com Sônia Gonzaga, mãe da vítima, o procedimento cirúrgico está marcado para a próxima terça-feira (29) no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Fabiene tem vários pontos na cabeça, hematomas por todo o rosto e sangue coagulado nos glóbulos oculares. Ela foi encaminhada para o hospital após passar por exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep).
Acompanhada da mãe e do padrasto, Fabiene registrou queixa na polícia. Ao G1, a delegada Karen Cirstina Lopes, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, confirmou que o ex-marido está sendo procurado. “Estamos trabalhando para encontrá-lo”, afirmou. Além das agressões, o homem também foi denunciado por manter o filho do casal em cárcere privado. O menino tem 4 anos. "Também demos queixa do desaparecimento da criança. Isso foi no começo da semana, quando fomos à delegacia. Mas alguém foi deixar o menino lá em casa. O garoto está bem, só que muito nervoso e assustado. O pai continua solto”, disse Sônia.
Ainda de acordo com a mãe de Fabiene, o menino também apanhava muito do pai. “Ele é um monstro. Tem que ser preso”, acrescentou.
Em depoimento à polícia, Fabiene relatou que havia se separado do marido fazia pouco mais de uma semana justamente por não aguentar mais apanhar dele. Além da surra, a mulher contou que também foi estuprada. No Itep, ela também foi submetida a exame de conjunção carnal para poder comprovar o abuso sexual.
a violência contra mulher está se tornando comum, o que não deveria acontecer. Essas agressões são sofridas em seu lar, como se ela não tivesse valor algum, e até mesmo na presença de seus filhos. A lei contra esse crime está com mais rigor,assim, muitas mulheres criam coragem e não se calam diante dessa violência, que muitas sofrem durante anos, por medo ou não ter apoio. A lei Maria da Penha tem motivado muitas mulheres a saírem do anonimato e denunciado seus agressores, porém, após a denúncia muitas continuam sendo vitimadas, pois mesmo com uma medida protetiva a mulher fica exposta ao perigo porque o acusado não é intimidado. Penso que mesmo com qualquer dificuldade á mulher não deve desistir de lutar pela justiça. É preciso buscar nosso direito para mudar essa triste realidade!
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