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Documentário sobre Cássia Eller tem pré-estreia neste sábado, 17

No VNT do O Dia - 17/01/2015

Cássia Eller com o filho Chicão, ainda bebezinho, e a companheira Maria Eugênia: cena do documentário
Foto:  Acervo Pessoal
Rio - Durante muito tempo, a ex-companheira de Cássia Eller não estava autorizando ninguém a produzir nada sobre a cantora. “O Francisco (o Chicão, filho de Cássia) estava muito novo e eu tinha tido experiências desagradáveis, como o livro ‘Apenas Uma Garotinha’, escrito por dois jornalistas de São Paulo muito legais, mas considero que não ficou à altura da Cássia, ficou meio superficial. Ela merecia uma coisa melhor e agora tem um produto que faz jus a ela”, considera Maria Eugênia, sobre o filme ‘Cássia Eller’, já exibido no Festival do Rio e que entra em cartaz na cidade hoje, em pré-estreia (a entrada em grande circuito está marcada para dia 29).


Se depender de Eugênia, o longa, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle (de ‘Loki’, sobre o músico Arnaldo Baptista), não será o único produto que os fãs da cantora terão o prazer de desfrutar. “Há, sim, um disco inédito da Cássia, com o guitarrista Victor Biglione. Nunca foi lançado porque até hoje foi respeitada uma vontade da Cássia, que dizia que não era bom, que a voz dela não estava legal”, explica. “Mas, realmente, o disco tem muitas coisas legais, eu gosto bastante. Da minha parte, não haveria impedimento, mas agora tem o Chico entrando nessa história, ele fez 21 anos em 2014 e passa a ser ele quem bate o martelo sobre o trabalho da mãe. Particularmente, acredito que é um trabalho que vai acabar saindo.”

Cássia, de fato, teve várias oportunidades em vida para soltar esse material, mas, pena, morreu cedo demais. “Desde que eu a conheci, ela dizia que morreria cedo, ela tinha essa sensibilidade. Eu morria de rir quando ela falava isso, ela era um poço de saúde, era muito forte. Eu dizia que ela é que iria mijar na minha cova!”, recorda Maria Eugênia. “Ela gostava muito de esportes, andava de skate, adorava jogar bola, nas turnês ela jogava com a banda. Mas, claro, a paixão e a fissura eram com a música.”

Cássia Eller foi indiscutivelmente insubstituível. Eugênia lamenta o momento pelo qual passa o cenário musical. “Está muito pobre, eu sinceramente não sei o que está acontecendo. Até tem algumas cantoras legais, mas elas não conseguem uma projeção, como a Cássia conseguiu, depois de muita batalha, diga-se de passagem”, ressalta. “Claro que ela era de uma época diferente, agora está tudo muito dominado, no Brasil só o que vende é sertanejo, música baiana e funk. Fora isso, as coisas não aparecem, aí fica parecendo que não tem ninguém. Gosto da Julia Vargas, de Niterói, que não tem nada a ver com a Cássia, mas é uma intérprete maravilhosa. Gosto também da Mariana Aydar. Sim, os tempos são outros, mas quero muito acreditar que ainda virá por aí uma nova geração de grandes talentos.”
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