Na manhã deste sábado (14) negociações continuavam no local (Foto: Bessie Cavalcanti/Inter TV Cabugi) |
O cárcere privado de um menino de 14 anos que é mantido refém pelo padrasto dentro de um apartamento na Zona Sul de Natal
já dura mais de 30 horas. A Polícia Militar permanece no local em
negociação com o homem que é um agente penitenciário aposentado de 52
anos.
De acordo com a Polícia Militar, tudo começou com uma briga familiar na
noite de quinta-feira (11). O homem começou uma discussão com a esposa -
de quem está se separando -, e quando começou a ficar agressivo a
mulher fugiu com a filha de 21 anos. Ainda segundo informações da PM, a
mulher tentou levar o filho, mas o padrasto do menino impediu. Desde
então, o menino é mantido refém dentro do apartamento.
A PM não sabe a motivação para o cárcere privado, mas informou que o
homem pede a presença da esposa e da enteada no local. O aposentado está
armado e, de acordo com a PM, na madrugada de sexta-feira foram
disparados seis tiros no apartamento.
O condomínio onde fica o apartamento tem seis blocos. Todos os apartamentos do bloco onde está o padrasto e enteado foram desocupados. Os moradores de outros blocos têm acesso aos apartamentos, mas sempre que precisam sair contam com o apoio de um policial militar que os acompanham até a saída do condomínio.
O condomínio onde fica o apartamento tem seis blocos. Todos os apartamentos do bloco onde está o padrasto e enteado foram desocupados. Os moradores de outros blocos têm acesso aos apartamentos, mas sempre que precisam sair contam com o apoio de um policial militar que os acompanham até a saída do condomínio.
Durante toda a sexta-feira policiais militares mantiveram a negociação
com o aposentado. Ele pediu comida e cigarros. Já durante a madrugada
deste sábado (14), o homem pediu insulina - porque é diabético - e uma
equipe médica que está de plantão no local providenciou o medicamento.
Na manhã deste sábado ele voltou a pedir insulina e solicitou também um
café da manhã.
Em relação à alimentação, os policiais relataram que o aposentado
afirmou que se a comida viesse envenenada quem morreria era o garoto
porque ele só come quarenta minutos depois de o enteado ter se
alimentado.
De acordo com o major Rodrigues Barreto, que coordena as negociações, a
polícia sinalizou que iria cortar a energia e a água do apartamento,
mas o aposentado se alterou e a PM recuou. A polícia diz que o padrasto
apresenta mudanças de comportamento e já chegou a bater no menino. O
objetivo da polícia é manter as negociações até que o padrasto se
entregue e liberte o garoto.
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