No VNT do G1 - 22/06/2016
As quatro pessoas denunciadas nesta terça-feira (21) pelo Ministério Público (MP) por crimes de injúria e racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, participavam de um verdadeiro "exército" no Facebook para cometer crimes cibernéticos, segundo a investigação do Ministério Público. Alguns dos grupos criminosos dos quais Érico Monteiro dos Santos, Rogério Wagner Sales, Kaique Batista e Luiz Carlos de Araújo participavam chegavam a ter mais de 20 mil membros, diz o MP.
Maria Júlia Coutinho, a Maju, em participação no programa 'Altas Horas' (Foto: Globo/Reinaldo Marques) |
Além dos ataques à apresentadora da previsão do tempo do Jornal Nacional, o grupo se dedicava a tirar do ar diversas páginas da rede social sem qualquer justificativa. Os principais alvos eram páginas de fã clubes de artistas e de pessoas que, por motivo desconhecido, eles elegiam como "inimigos".
De acordo com a promotoria do MP, os acusados, com a ajuda de seus comparsas, promoviam uma verdadeira "guerra virtual". Até por isto se autodenominavam "soldados" e membros de "facções".
A estratégia usada pelo grupo era simples: solicitavam participação ou se infiltravam diretamente nas páginas-alvo e, uma vez como participantes dela, passavam a postar fotografias e vídeos de conteúdo pornográfico ou indevido. Após as postagens, eles mesmos, utilizando outros perfis, denunciavam as páginas ao Facebook por conta do compartilhamento de material impróprio. A rede social constatava a violação de suas regras e então as retirava do ar. O site do Jornal Nacional foi vítima de um ataque do tipo no dia 3 de julho de 2015.
Para o promotor do MP, Christiano Jorge Santos, a ação dos acusados mostra uma "necessidade de aceitação". Os denunciados criavam uma espécie de realidade paralela em que conseguiam se sobressair aos demais. Segundo o promotor, alguns deles chegavam a receber fotos íntimas de admiradoras virtuais.
Denúncia do MP
O grupo foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, racismo, injúria e corrupção de menores, além de formação de associação criminosa na internet. As penas variam de 7 a 20 anos de prisão.O grupo foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, racismo, injúria e corrupção de menores, além de formação de associação criminosa na internet. As penas variam de 7 a 20 anos de prisão.
Em 18 páginas, a denúncia do MP conta como os acusados planejaram e executaram os ataques contra a jornalista, ocorrido no dia 3 de julho do ano passado. Os quatro denunciados marcaram o dia e os horários e tiveram a ajuda do profissional de informática Luis Carlos de Araujo. Eles induziram outras pessoas a praticar os crimes, entre elas menores de idade.
Em dezembro, a polícia apreendeu o computador de Kaique. Na época ele negou que tivesse publicado ataques contra Maju. Érico Monteiro dos Santos, chefe do grupo, também negou participação nos crimes contra a jornalista, mas admitiu em depoimento que promovia ofensas na internet.
Quatro menores que confirmaram também ter feito as ofensas são considerados coautores e vítimas de corrupção de menores. A Promotoria da Infância e Juventude vai analisar a participação deles.
Além da perícia dos computadores e celulares, e do cruzamento de informações em redes sociais, o depoimento dos menores foi decisivo para incriminar os acusados. “É importante as pessoas saberem que a internet não é um oceano de impunidade”, disse o promotor Christiano Jorge Santos. “Muitas vezes um jovem fica por trás da tela do computador e coloca um apelido, e acha que não vai se alcançado e nesse instante é que ele se engana, porque as autoridades públicas podem chegar até ele.”
Denúncia do MP
O grupo foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, racismo, injúria e corrupção de menores, além de formação de associação criminosa na internet. As penas variam de 7 a 20 anos de prisão.O grupo foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, racismo, injúria e corrupção de menores, além de formação de associação criminosa na internet. As penas variam de 7 a 20 anos de prisão.
Em 18 páginas, a denúncia do MP conta como os acusados planejaram e executaram os ataques contra a jornalista, ocorrido no dia 3 de julho do ano passado. Os quatro denunciados marcaram o dia e os horários e tiveram a ajuda do profissional de informática Luis Carlos de Araujo. Eles induziram outras pessoas a praticar os crimes, entre elas menores de idade.
Em dezembro, a polícia apreendeu o computador de Kaique. Na época ele negou que tivesse publicado ataques contra Maju. Érico Monteiro dos Santos, chefe do grupo, também negou participação nos crimes contra a jornalista, mas admitiu em depoimento que promovia ofensas na internet.
Quatro menores que confirmaram também ter feito as ofensas são considerados coautores e vítimas de corrupção de menores. A Promotoria da Infância e Juventude vai analisar a participação deles.
Além da perícia dos computadores e celulares, e do cruzamento de informações em redes sociais, o depoimento dos menores foi decisivo para incriminar os acusados. “É importante as pessoas saberem que a internet não é um oceano de impunidade”, disse o promotor Christiano Jorge Santos. “Muitas vezes um jovem fica por trás da tela do computador e coloca um apelido, e acha que não vai se alcançado e nesse instante é que ele se engana, porque as autoridades públicas podem chegar até ele.”
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