A invasão as casas, a divisão política e o direito à moradia

O inegável direito a moradia é um direito humano inalienável, e está previsto em nossa Carta Magna.

O Varzeano por Adriano de Alexandria

Imagem: reprodução InterTV Cabugi

E inegável a necessidade de todo cidadão de ter um teto digno para morar, direito esse previsto em nossa Constituição Cidadã, apesar do direito previsto em lei, não é fácil conquistá-lo com o pouco que as populações mais pobres vivem. Em Várzea, o sonho de ganhar um lar, tornou-se um pesadelo para as famílias que estavam a meses esperando a conclusão das casas do Projeto Minha Casa Minha Vida. Por outro lado, diversas famílias que se encontravam desassistidas e necessitadas, por hora se apropriaram do sonho de um teto, fugindo assim do aluguel, ou do puxadinho no fundo da casa da mãe.

Quanto ao acontecimento da invasão e o desenrolar dos fatos, é notável de todos, mas não imaginaríamos que o desejo de possuir um lar e o desespero de alguns em consegui-los, viraria motivo político e discussão política, e também de um polêmico desencadeamento de escárnio público daqueles que se apropriaram dessas moradias.

O que tenho visto é um conjunto de pessoas que se apropriam desse fato constrangedor, sim constrangedor pois ser exposto em público por não possui um teto para cobrir sua cabeça, em fator de posicionamento político de alguns é lastimável, e quem imaginaria que esse fato seria apropriado por alguns para uso político nos palanques das Redes Sociais e nas ruas da cidade. É deveras constrangedor e inegavelmente desnecessários aos que buscam uma Várzea melhor tal apropriação.

Levaram um assunto importante e necessário a sociedade para o campo da velha rivalidade, Bacurau versus Corujão, e jogaram na lama um momento importante para discutir o direito à moradia e o dever por parte do Estado em garantir a moradia as que necessitam, e criar uma ampla discussão de como solucionar esse problema. Problema esse que afeta diversas famílias que vivem de aluguel em nossa cidade. Imagine viver de aluguel mantendo-se com um misero salário mínimo.

Vamos parar de bravatas, e então passar a discussão séria e necessária para esse caso.