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Familiares reclamam da falta de informações sobre presos em Alcaçuz, no RN

No VNT do G1 RN - 16/01/2017
Familiares reclamam de falta de informações sobre presos de Alcaçuz (Foto: Andrea Tavares/G1)
Familiares reclamam de falta de informações sobre presos de Alcaçuz (Foto: Andrea Tavares/G1)
A angústia toma conta da família da dona de casa Camilla Bianca, de 26 anos, que tenta confirmar se o marido dela está entre os mortos do massacre da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Após 14 horas rebelados, os detentos se renderam no início da manhã do domingo (15) logo que o Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Grupo de Operações Especiais (GOE) entraram nos pavilhões. A Secretaria Estadual de Segurança Pública confirmou que pelo menos 26 detentos foram encontrados mortos. Destes, 15 estavam decapitados.

Desde sábado Camilla e outras famílias tentam, sem sucesso, obter informações oficiais sobre o estado de saúde dos presos. “É muito triste nossa situação. Só pedem pra aguardar e nunca dizem nada. A gente tem que ficar indo atrás, mas acho que nem eles sabem”, critica.

Camilla preferiu preservar o nome do marido, com quem está casada há sete meses. Ele foi preso em flagrante com 200 quilos de maconha e cumpre pena de 5 anos por tráfico de drogas.

O governo do Rio Grande do Norte confirmou 26 mortes durante a rebelião. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal, e é o maior presídio do Rio Grande do Norte. A penitenciária possui capacidade para 620 detentos, mas abriga cerca de 1.150 presos, segundo a Sejuc, órgão responsável pelo sistema prisional potiguar.

Na noite do sábado, quando logo após o início do motim, as mulheres montaram uma vigília em frente ao presídio. Elas imploravam pela intervenção da Polícia Militar e chegaram a entrar em confronto com policiais, cobrando uma atitude para evitar o massacre dentro da unidade, que ocorreu principalmente dentro do pavilhão 4 e foi iniciada por membros do pavilhão 5 (Rogério Coutinho Madruga).

Na manhã do domingo, as mulheres dos presos fizeram uma corrente de oração, na qual entoaram cantos e pediram uma solução para a situação dos homens. "Eu estou desde ontem aqui esperando a confirmação de que é meu filho que morreu. Eu acho que é ele pela foto que vi no celular, mas não quero acreditar que seja até que eu possa olhar pra ele, nem que seja em um caixão", relatou a comerciante Patrycia Soraya, que preferiu preservar a identidade do filho.

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