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Policial civil acusado de matar colega a tiros em Natal é inocentado

No VNT do G1 RN - 12 SET 2017
Tibério de França foi a júri popular em Natal (Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi)
Tibério de França foi a júri popular em Natal (Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi)
O policial civil Tibério Vinicius Mendes de França, acusado de ter matado a tiros o colega de profissão Iriano Serafim Feitosa, fato ocorrido em fevereiro do ano passado na Zona Sul de Natal, foi inocentado. Já na madrugada desta terça (12), o júri popular aceitou a tese da defesa que alegou que o policial, apesar de ter admitido o feito, o fez sob forte emoção. Diante da absolvição, a prisão preventiva de Tibério foi revogada e ele deve ser solto ainda nesta terça.

O julgamento, que começou na manhã da segunda (11), foi presidido pela juíza Eliana Alves Marinho, e aconteceu no Tribunal do Júri do Fórum Miguel Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul da capital potiguar.

Durante os debates, o Ministério Público pediu a condenação do réu pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima) no caso de Iriano, e também por tentativa de homicídio (igualmente qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa) contra a mulher de Iriano, a advogada Ana Paula da Silva Nelson, que também foi baleada. Ela, que estava no carro junto com o marido, foi socorrida e escapou do atentado ferida na perna esquerda e no tórax.

A defesa, por sua vez, sustentou a tese de homicídio privilegiado e homicídio tentado privilegiado, que ocorrem quando é praticado sob o domínio de uma compreensível emoção violenta, compaixão, desespero ou motivo de relevante valor social ou moral, que diminuam sensivelmente a culpa do homicida.

Durante seu depoimento no júri popular, Tibério de França afirmou que cometeu o assassinato porque sofria perseguição na Polícia Civil, por denunciar esquemas de um núcleo criminoso dentro da instituição, no qual Iriano faria parte.

O crime
Iriano foi morto a tiros no dia 3 de fevereiro de 2016 no conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. Ele e a mulher dele passavam de carro pela Av. Xavantes quando foram atacados. “Esse policial (Tibério França) se aproveitou de um descuido do meu marido. Ele se aproximou sozinho em uma moto e, sem parar, efetuou vários disparos”, relatou a esposa, a advogada Ana Paula Nelson. O casal foi socorrido, mas Iriano morreu logo após dar entrada no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.

Tibério foi preso no dia 22 de março do mesmo ano, mas conseguiu fugir da prisão em junho. Ele acabou sendo recapturado no mês seguinte no município de Cabrobó, no sertão de Pernambuco.

Ana Paula
A advogada Ana Paula Nelson também está presa. Não pelo caso da morte do marido, mas por ser suspeita de envolvimento com uma facção criminosa investigada pela ‘Operação Medellín’, que foi deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil em setembro do ano passado. Segundo as investigações, a advogada fazia parte de uma quadrilha de traficantes. Além do comércio de drogas, o bando também cometia crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores.

Segundo o advogado Arsênio Pimentel, que faz a defesa de Ana Paula, até o presente momento ela continua detida “aguardando fixação de competência para julgamento que, a princípio, está para ser analisado pelo juízo da 4ª Vara Criminal Natal”.

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