Chuva em Natal — Foto: Igor Jácome/G1 |
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) prevê que o estado terá chuvas acima de 500 milímetros entre os meses de março e maio, período mais chuvoso principalmente no semiárido. A previsão para maiores precipitações, no entanto, é na região Leste potiguar, onde fica a capital Natal e parte do litoral.
A previsão foi confirmada oficialmente nesta sexta-feira (26) pelo órgão, que aponta chuvas dentro da média histórica ou um pouco abaixo.
As previsões divulgadas pela Emparn são de chuvas de até 533,8 mm no Leste potiguar; 479,2 mm no Oeste; 376,9mm na região Central; e 342,2 mm no Agreste.
Segundo órgão, este cenário se deve a fatores físicos como a influência da temperatura dos oceanos. Embora esteja ocorrendo o fenômeno da ‘La Nina’ no Oceano Pacífico, a temperatura do Oceano Atlântico precisa subir entre 1 e 1,5 graus para favorecer a ocorrência de chuvas no semiárido nordestino, segundo o chefe da unidade instrumental e meteorologia da Emparn, Gilmar Bistrot.
A Emparn aponta que a confirmação da previsão reforça a programação das medidas do Governo do Estado na execução dos programas de apoio à produção rural, como o Programa de Sementes e o Mais ATER, lançados em dezembro do ano passado.
Com a previsão de chuvas principalmente no litoral, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que participou de reuniões com a Emparn nesta sexta-feira, confia na produção de grãos. "Na faixa litorânea praticamente não temos problemas com falta de chuvas. Então criamos o programa RN Mais Grãos que vai implantar dez unidades demonstrativas, em áreas cedidas por particulares, para provar que é possível produzir grãos - soja, sorgo e milho - em sequeiro, com qualidade e produtividade naquelas terras.
A governadora citou ainda as iniciativas para apoiar os agricultores e pecuaristas no estado. "O Programa de Sementes 2021 visa garantir produção para subsistência e forragem animal. Investimos R$ 6,9 milhões, com recursos próprios na aquisição de 456 toneladas de sementes de feijão, milho e sorgo que já estão sendo entregues. Vamos chegar aos 167 municípios, atendendo 3 mil agricultores familiares cadastrados no sistema Ceres da Emater", falou.
"A distribuição se dá antes da consolidação do inverno para permitir aproveitar o período das chuvas desde o início. Não será por falta de sementes que o agricultor vai deixar de plantar. Pelo terceiro ano consecutivo o governo chega, de forma proativa, para apoiar as atividades no campo".
Outra iniciativa é o programa 'Mais ATER', lançado ano passado e que vai aplicar R$ 85 milhões até 2023 em ações de crédito rural e assistência técnica para aumentar a produção familiar.
"Este programa tem grande importância, uma vez que o estado se obriga a comprar da agricultura familiar pelo menos 30% das suas compras. É um incentivo que traz benefícios para a economia porque fortalece toda a cadeia produtiva", disse a governadora.
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