Se acaso eu morrer do coração...
Autor: JOÃO MARIA LUDUGERO DA SILVA (17/11/2008)
Se acaso eu morrer do coração...
Ame como se ninguém nunca o houvesse feito sofrer.
Porque amar é algo assim como acordar e ouvir o canto dos passarinhos.
Sem se desencantar com o ritmo do encanto
De quem só saberia dançar tão devagar.
Achar-se sem se perder, nem que seja na caça de um beijo,
Que pode (ou não) dar mais sabor ao amargo da vida.
Sentir-se meio que perdido na casa-abrigo da solidão,
Mas faz bem ao corpo a entrega verde do espinho
Causa dor, mas cicatriza depois de dias de sol.
Seria o amor, uma ferida ou um curativo?
O Amor é o que nos faz arder no fogo da dor,
Somente para expiar nossas culpas e jurar que nunca mais vamos de novo amar.
E num piscar de olhos, aparece alguém-desejo
Que nos faz de novo se lambuzar de mel...
E chorando os ferrões da alma, abelha e zangão
De novo, não! Ah, por que não de novo?
Acho que sim, pois precisamos de asas
E de algo que nos faça de novo quebrar o gelo
E voar, assim com a leveza de uma asa-delta,
Num céu varzeano de setembro ou de outubro, ou seja lá em que mês for.
E, do velho amor, aquele esquecido num recanto do coração
Ou até mesmo perdido dentro de um livro ou num bilhete de papel de pão,
Renasce a poesia daqueles dias que ficaram guardados em papel de balas
Quiçá, a esvoaçar no esquecimento da rua do Educandário Pe. João Maria
Ou seria embaixo do jasmineiro da Escola Dom Joaquim de Almeida?
Será que amar é sempre recomeçar depois das feridas da alma e da vida?
Papel passado, poesia lida, sonho perdido num feriado.
Vamos de novo sofrer e se queimar como se nunca tivéssemos amado?
Eu quero esse incêndio, eu quero essa dor, eu quero sempre
De novo amor de novo amar, repetidamente, eu te amo, Várzea!
Pouco importa se a flor vai novamente perder a cor.
Desbotada a vida pode até ficar, mas prostrada, não!
Amar vale a pena, apesar de se estar de novo
No palco, sonhador e eteno aprendiz de poeta.
Logo, amar faz bem-estar bem,
Amar traz sofrimento e gozo à fera-vida.
Melhor amar que viver a vegetar sonhos, sem nada crescer.
De frente para o mar, a ver navios! Que nada!
Vale a pena sofrer, vale a pena recordar...
Vale a pena se ver de novo de novo amor (de novo!)
Mexa-se. Morda-se. Ame-se. Sofra-se. Colora-se!
Sinta-se, pois é isso que se leva da vida.
Dane-se o que não tem Amor!
Cure-se, amando de novo. É gostoso demais atear fogo no peito
Só para não ver a vida passar em vão.
Em branco, não! Dê adeus ao desamor, viva!
Mas se eu morrer, você saberá: Foi do coração, com certeza.
E daí? Qual o motivo? Não quero nem saber!!!
Não precisa explicar, nem chorar... Hoje eu quero mais é viver!
Se eu morrer, foi de Amar, foi de Amor... Eu te amo, Várzea!
Portanto, arquive-se o E-le-t-r-o-c-a-r-d-i-o-g-r-a-m-a!
Texto de João Maria Ludugero para o VNT Online em 18/11/2008.
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