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ITAPACURÁ

ITAPACURÁAutor: Ludugero, em 28.01.2009.


 Menina Rosa morena,
Venha mais que depressa,
ver de perto as 'enfieiras' de cajus
amarelos, vermelhos, macios
É tempo de caju, de chuvas de caju,
mas caju cai do céu? Caju chove?
Diga-me lá, Zé Baixinho ou João Pequeno?
É claro e evidente que só pode ser coisa de Deus
são chuvas amarelas, vermelhas, macias
No Itapacurá quando o cheiro atrai sabiás,
ouvem-se ruídos que mais parecem trombetas a anunciar
que é tempo de caju, tempo de aromas
De imediato os assobios, os pintassilgos e os bem-te-vis
Tico-ticos caem de bico no fruto, quero-quero no ato
variedades de trinados e outros sons, é festa no mato
Vamos encher os balaios, 'enfieirar' com cuidado
No abraço, o gosto, o supra-sumo, o amasso
é época de caju, tudo é cheiro é gosto
caem em nossas mãos, aos nossos pés o sabor
Chove?
Chuvas de caju e olhos de castanha
em minha boca, teus seios encarnados
sentes entre minhas mãos, carne de caju
chuvas de amor, corrente do rio Joca,
fertilidade da terra, menina-moça.
Chove?
Chuva de caju, invade teu corpo
teu sangue pegando fogo correndo-lhe
num beijo travoso na garganta,
em tuas mãos o ritmo aceso...
Mesmo os frutos mais altos caem
aos teus pés, ecos do riacho Várzea,
o sumo escorre entre teus lábios doces.
fitam-me teus olhos castanhos
Chove?
É chuva de caju.



VNT Online, em 02/02/2009
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Beto Bello

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