SAUDADES DO ITAPACURÁ
Autor: Ludugero, 04/06/2009.
Minha Várzea,
bem me fazes lembrar,
Que no teu Itapacurá existe um açude.
Que nele moram juncos quando a seca chega
E o sol a pino insiste em beber quase toda sua água
E provoca aquelas rachaduras no solo.
Na íris de outro olhar, mergulhei sem medo.
Foi quando azulejei a minha alma.
Hoje observo mais o céu
E sonho mais acordado.
Perdido neste céu, na tua boca me acho.
Na íris dos teus olhos ávidos, eu me lanço.
Eu me vejo assim feito um menino-verde,
Que na boca traz a voz indefinível dos ariscos.
No matiz da paixão me atrevo ao deleite.
Não vou deixar a vida passar em branco.
Eu sou arco, sou flecha, sou poesia.
Sou um pedaço de Várzea,
Sou Itapacurá!
Sou doce de caju,
Sou castanha assada.
Sou a sombra do pé de pitomba.
Sou o vento que assobia,
Enquanto dona Rosa Cunha
Joga na peneira o café colhido.
Escolhidas, no alguidar
Secam as pimentas-do-reino
E as réstias de cebola-branca e alho.
Depois das cores advindas,
Dos sabores do Itapacurá,
Antes que o sol se deite,
Há de vir uma sombra,
Um soluço, uma vertigem,
Uma sobra, uma lembrança sequer...
Tenho uma saudade
Que me fez guardar no peito
Bem do lado esquerdo, no coração,
O mais bonito e franco sorriso,
O riso sincero
Da Vó de Edileusa,
O sorriso de Dona Julieta.
Autor: Ludugero, 04/06/2009.
Minha Várzea,
bem me fazes lembrar,
Que no teu Itapacurá existe um açude.
Que nele moram juncos quando a seca chega
E o sol a pino insiste em beber quase toda sua água
E provoca aquelas rachaduras no solo.
Na íris de outro olhar, mergulhei sem medo.
Foi quando azulejei a minha alma.
Hoje observo mais o céu
E sonho mais acordado.
Perdido neste céu, na tua boca me acho.
Na íris dos teus olhos ávidos, eu me lanço.
Eu me vejo assim feito um menino-verde,
Que na boca traz a voz indefinível dos ariscos.
No matiz da paixão me atrevo ao deleite.
Não vou deixar a vida passar em branco.
Eu sou arco, sou flecha, sou poesia.
Sou um pedaço de Várzea,
Sou Itapacurá!
Sou doce de caju,
Sou castanha assada.
Sou a sombra do pé de pitomba.
Sou o vento que assobia,
Enquanto dona Rosa Cunha
Joga na peneira o café colhido.
Escolhidas, no alguidar
Secam as pimentas-do-reino
E as réstias de cebola-branca e alho.
Depois das cores advindas,
Dos sabores do Itapacurá,
Antes que o sol se deite,
Há de vir uma sombra,
Um soluço, uma vertigem,
Uma sobra, uma lembrança sequer...
Tenho uma saudade
Que me fez guardar no peito
Bem do lado esquerdo, no coração,
O mais bonito e franco sorriso,
O riso sincero
Da Vó de Edileusa,
O sorriso de Dona Julieta.
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