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A POESIA DO EU-VARZEANO


A POESIA DO EU-VARZEANO
Autor: Ludugero, 01/10/2009.
.
Eu sou varzeano, sim, Senhor!
Disso tenho muito orgulho
Acordo bem cedo, madrugo
Bem de manhãzinha
Na lida não estou sozinho
Vou botar a mão na massa
Fazer a farinha de mandioca
Tabém aproveito o ensejo
Pra feitura do beiju, grude e tapioca.
.
Eu sou varzeano
E tenho razão de honrar
A estirpe de onde eu venho
Minhas raízes são profundas
Sou filho da terra dos Belos
Sou filho da terra dos preás
Sou filho da terra dos Coelhos
.
Sou João, sou Pedro, sou José
Sou Maria, sou Joaninha, sou Dalila
Sou branco, mulato, negro, caboclo
Sou filho do sol mais amarelo
Sou canário que faço do chão
Meu ninho,
Aprendo a voar
desde de pequenininho
e vou, pro ar, passarinho solto, liberto
Livre como as águas do Joca, o rio
Eu viro Vaor vital, u idifico e dou bons ares
Eu sei que sou rio efêmero, eu encho, eu seco,
Eu sei que vou evaporar....
Mas antes vou levar a vida a passear
Pelas esperanças verdes, novas e antigas
Vou decidir ir ao Calango,
Botar meus pés no açude,
Até sentir teu sorriso nativo,
Menina Varzeana, só pra te ver sorrir,
Razão de ser meu rimar, meu poema!
.
Mas que troço é poesia,
Essa coisa sentida
Tecida de frente e verso,
Diga-me, sem desvario, sem titubear,
se não traços de amor,
Lavra de palavras,
Que dão real sentido
À dor e à alegria?
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João Maria Ludugero

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