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XAMÃ, por João Maria Ludugero



Ao meu velho pai Odilon. 
Guerreiro de luz, da paz e do bem,
tua mão acende o êxtase das horas
atravessa o breu das sombras
e com tua perene candeia 
és lume depois de tantos sóis,
depois de tantas luas, 
és sacerdote, 
és poeta em transe,
uníssonos em tua cabeça de prata
teus olhos, até quando fechados, 
desarmam os pesadelos, 
a ocultar os males e outros reveses,
és mago com intenso poder de cura 
tens o dom de singrar horizontes 
a buscar o lume essencial 
e a calma, na fonte
e vais longe, longe além da tua Várzea
e dentro nas alturas
abres clarão desbravador 
em 'viagens' mundo afora,
sem tirar os pés do chão,
percorrendo natureza, 
plantas, florestas, rios, 
pedras, mares e montanhas 
e chegando até às estrelas, 
és meu xamã,
meu pai Odilon,
grande mentor, 
aquele que traz em si o ritual 
que afasta o pulsar das dores 
do corpo e da alma.
És meu talismã!
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João Maria Ludugero

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1 comments:

  1. Quanta beleza contida nestes versos. São capazes de criar qualquer imagem sobre o objeto relatado. Parabéns a este artista. Espero continuar degustando das maravilhas desta arte aqui no VNT.

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