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| Foto Wanderlei Almeida/AFP |
Logo na primeira entrevista em Londres, Neymar assumiu. Não veio para
a Olimpíada para competir. Muito pelo contrário. Deixou claro que se o
Brasil não voltar da Inglaterra com o ouro será um fracasso. A postura
do jogador surpreendeu. Deixou claro que, finalmente, ele entendeu que
precisa ser o líder do time. A maior estrela do futebol nos jogos
olímpicos se mostrou disposto a enfrentar a pressão, não só do Brasil
como de jornalistas do mundo inteiro.
— Nós não viemos para a Inglaterra para fazer um jogo e ir embora.
Nada de apenas competir. Viemos para ganhar o ouro. Não tenho medo algum
da responsabilidade. Desde pequeno sou cobrado. Estou tranquilo. Sei o
que todos esperam de mim.
O jogador tentou disfarçar, sorriu. Mas quer aproveitar a Olimpíada
para tentar dar uma resposta às críticas recentes pelas fracas atuações
pela Seleção e pelo Santos. Para isso terá toda a liberdade no time de
Mano Menezes. Não jogará apenas na esquerda. Atuará pelo meio, pela
direita. Terá espaço para mostrar seu talento. Na resposta raivosa, ele
mostrou que não quer mais lidar com as críticas.
— Eu quero jogar para o time, para os meus companheiros, para os meus técnicos. O resto não me interessa.
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