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GERMINAÇÃO, por João Maria Ludugero

Nenhum verso vira pó
Todo verso vira pólen
Toda poesia desabrocha 
Extravasa à flor da pele 
Molha o bico da gente 
Adocica o mel do riacho 
De lumes e perfumes ao vapor 
Toda poesia é semente 
Que germina ou vira pão 
Toda poesia é tempero 
Desde a flor da pimenta 
Ao refresco da brisa à mesa 
Que cheira a maracujá 
Nesse chão que nos dá chão.
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João Maria Ludugero

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