Indignada com o erro da unidade, família de paciente chamou a polícia e foi registrar caso na delegacia
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia |
Jair, que sofre de hipertensão e já teve um derrame, foi internado no dia 31. Cerca de 24 horas depois, quando foi visitar o marido, Maria Aparecida, de 66 anos, e seu filho, Júlio César Farias de Barros, foram informados sobre a morte. “Passei mal, desmaiei e tive que ser medicada. Não me deixaram vê-lo, foi o pior dia da minha vida”, contou a idosa.
Com a guia de falecimento e certidão de óbito em mãos, Júlio começou a organizar o velório. “Não tínhamos dinheiro. Pegamos empréstimo com amigos. Fizemos ‘vaquinha’ na família para pagar a taxa de R$ 333 do funeral. Passei três dias no desespero, sem dormir nem comer”, afirmou Júlio, ainda perplexo com a notícia da quase-morte do padrasto.
A confusão só veio à tona quando parentes já aguardavam na capela do cemitério a chegada do corpo, que seria enterrado sem velório. Uma sobrinha de Jair, que foi à unidade de saúde para reconhecer e liberar o corpo, percebeu que o morto em questão — que tinha sobre o peito uma identificação com o mesmo nome de Jair — não era seu tio.
Indignada, a família chamou a polícia. “Senti um alívio por vê-lo vivo, mas ele não merece passar por isso. Brincaram com a vida dele. Quem está ali trabalhando tem que rasgar seu diploma”, revoltou-se Júlio.
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