Victor Arden Bernard, de 53 anos, foi preso na praia da Pipa, no litoral Sul do RN (Foto: Daniel Costa/G1) |
A Polícia Militar prendeu na noite desta sexta-feira (27), no litoral Sul do Rio Grande do Norte,
o americano Victor Arden Bernard, de 53 anos, líder de uma seita
religiosa nos Estados Unidos e que responde a 59 acusações de abusos
sexuais contra crianças e adolescentes, crimes que teriam ocorrido entre
os anos de 2000 e 2012. A Polícia Federal confirma as informações e
revela que Bernard figura na lista dos 15 mais procurados pela
Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.
O tenente da Polícia Militar Daniel Costa participou da prisão. Ele revelou ao G1
que o estrangeiro foi encontrado por volta das 21h em uma casa dentro
de um condomínio na paradisíaca praia da Pipa, município de Tibau do Sul.
Escrituras, documentos, agendas, computadores, pendrives, aparelhos e
chips celulares foram apreendidos e levados para a sede da Polícia
Federal, em Natal.
“Uma brasileira, que morou nos Estados Unidos, dava cobertura ao
acusado. Ela assinou um termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por
favorecimento pessoal e foi liberada. Já o americano, foi levado para a
superintendência da PF. Havia um mandado de prisão contra ele, incluindo
uma ordem de extradição já assinada pelo Supremo Tribunal Federal”,
afirmou o oficial.
Ainda segundo o tenente, as informações sobre a presença do americano
na praia da Pipa foram repassadas pela Polícia Federal. "Depois disso,
demos início a uma operação para prendê-lo. Contamos com o efetivo da PM
de Tibau do Sul e da Pipa", acrescentou.
'Jesus na carne'
De acordo com a imprensa americana, Victor Bernard começou a ser investigado em 2012 no estado americano de Minessota, quando duas de suas seguidoras resolveram denunciá-lo. Uma delas alegou que vinha sofrendo abusos sexuais desde os 12 anos. Outra, desde os 13 anos, quando ela e a família se juntaram a uma igreja chamada 'River Road Fellowship'. Autoridades disseram que a congregação é um desdobramento do 'The Way International', grupo que se autodenomina cristão.
De acordo com a imprensa americana, Victor Bernard começou a ser investigado em 2012 no estado americano de Minessota, quando duas de suas seguidoras resolveram denunciá-lo. Uma delas alegou que vinha sofrendo abusos sexuais desde os 12 anos. Outra, desde os 13 anos, quando ela e a família se juntaram a uma igreja chamada 'River Road Fellowship'. Autoridades disseram que a congregação é um desdobramento do 'The Way International', grupo que se autodenomina cristão.
Em julho de 2000, Barnard criou um grupo de jovens meninas chamado de
"Maidens" ou "Alamote", segundo a denúncia. O grupo, que tinha 50
membros, pregava que as meninas deveriam permanecer virgens e nunca se
casar.
Na época, ainda de acordo com a denúncia, Barnard pregava que ele
próprio representava “Jesus na carne”, e que para ele era normal fazer
sexo com suas seguidoras, uma vez que “Cristo tinha tido relações com
Maria Madalena e outras mulheres que o seguiam, assim como o rei Salomão
havia dormido com muitas concubinas”.
Em 2011, o grupo liderado por Bernard se mudou de Minessota para o
estado de Washington. Em novembro de 2012, após ser condenado, a polícia
foi atrás de Bernard, mas ele não foi localizado.
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