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‘O Brasil é um país que vive entre a lama e a corrupção’, diz Bruna Lombardi

No VNT do blog Léo Dias/O Dia - 28/12/2015
Aos 62 anos, Bruna Lombardi continua linda, loura e transmitindo boas energias. Sua página no Facebook com mensagens de otimismo faz um tremendo sucesso. E a atriz acaba de lançar seu oitavo livro, chamado ‘Jogo da Felicidade’. Em janeiro, chega às telas o filme ‘Amor em Sampa’, dirigido por ela. E em março, Bruna coloca no ar o portal ‘Redes de Felicidade’, recheado de conteúdo lúdico. Na entrevista a seguir, Bruna conta seus projetos, fala sobre o casamento de 37 anos com Carlos Alberto Riccelli, diz que não se acha sedutora e avalia a atual situação do Brasil.

Esse seu oitavo livro se chama ‘Jogo da Felicidade’. Por que jogo?
Porque eu acho que o livro tem uma proposta de olhar para cada uma das etapas da nossa vida como o lugar que a gente tem que fazer uma escolha. A jornada de cada um de nós passa por um processo: pode ser uma tarefa que você tem que se propor a fazer, pode ser um trabalho, uma história de amor… E em cada uma delas você corre um risco, tem um objetivo e precisa tomar uma atitude. Por aí, você percebe que existe um jogo intrínseco naquilo que você faz. Esse livro é para ajudar as pessoas a compreenderem em que momentos elas estão na vida, é como se fosse um manual de orientação para a vida.
É um livro de autoajuda então?

Ele não é de autoajuda porque não vem com uma fórmula pronta. É um livro de conhecimento: ele estimula e te motiva a buscar dentro de você essas respostas, que às vezes passam desapercebidas no dia a dia.

Todas as frases do livro são de sua autoria?

Sim, todas de minha autoria. Todo o roteiro e organização do livro foram feitos por mim. Deu muito trabalho, mas eu acho que tem uma concisão interessante.

Você faz sucesso nas redes sociais. Por que você decidiu expor seus pensamentos na internet?

Eu tinha muitas e muitas páginas falsas no Facebook, com gente escrevendo em meu nome. Aí eu falei assim: “Vou dar uma organizada nisso e fazer uma página oficial, que se chama ‘Bruna Lombardi Oficial’.” Quis usar esse meio de comunicação para expor o que eu sinto, para traduzir e para buscar encorajar as pessoas no dia a dia, sabe? Queria trazer alguma mensagem positiva no meio de uma avalanche de notícias ruins que a gente recebe a cada minuto. O Brasil é um país que vive entre a lama e a corrupção, que se divide entre a violência e o terror. Eu falei: “Tem que ter um alento de bons valores, de valores que estimulem as pessoas…”

Qual dos pensamentos que estão no seu livro que você mais segue na vida?

Tudo que eu escrevo é resultado de um monte de sentimentos humanos. Mesmo que tenham coisas que eu pessoalmente não tenha vivenciado, sei que tem um monte de gente vivendo aquilo! Coisas como o câncer, o Alzheimer e campanhas que ajudam pessoas que sofrem de síndromes e transtornos. Se você tiver tempo de ler todos os comentários que as pessoas colocam no meu Facebook, você vai ver quantas pessoas dizem que a página faz bem a elas, trazendo alento, ânimo e energia. A página em si tem uma energia tão grande que a gente vai fundar um portal. Já estamos quase prontos e ele vai se chamar ‘Redes de Felicidade’.

O lançamento é em março, não é?

Exatamente. A rede é uma forma de eu me organizar melhor. Através da rede eu vou poder realmente me aproximar das pessoas, trazer mais conteúdo lúdico, mais estímulos, jogos, cursos, palestras…

Qual é o segredo da felicidade, Bruna?

Eu acho que é você poder partilhar com as pessoas aquilo que você aprende. É você prestar atenção no seu momento, saber que aqui e agora que é a hora de viver! Não olhar para trás e nem para o futuro, mas para o aqui e agora. Mesmo nos prevenindo do que virá, é importante dar valor para o que a gente é, o que a gente tem. Não é um segredo. Na verdade é uma série de segredos. Em janeiro, a gente vai lançar um filme que chama ‘Amor em Sampa’. Eu dirijo, faço o roteiro, atuo… Esse filme é um dos maiores que a minha produtora (Pulsar) já fez. É um filme grande com um elenco espetacular.

Tem Eduardo Moscovis e Rodrigo Lombardi, não é?

Exatamente. Tem também Tiago Abravanel, Miá Melo,Marina Lima e Marcelo Airodi, entre outros.

Do que trata o filme?

São histórias de amor dentro de uma cidade. A gente escolheu São Paulo porque São Paulo é um pouco ícone do que é uma cidade que cresce caoticamente. As pessoas vão reclamar de trânsito, de tudo o que a gente reclama numa cidade, mas a verdade é que esse filme se aplica a todas as cidades. O (Carlos Alberto) Riccelli faz um taxista que atravessa a cidade e que vivencia as histórias. O Rodrigo (Lombardi) é um publicitário que fala o seguinte: “Eu já vendi de tudo nessa vida, mas o que eu quero vender agora não tem preço, que é o amor em Sampa.”

Você dirige um filme que tem seu marido no elenco. Trabalhar em família dá mais certo, Bruna?

Olha… Para a gente dá certo, mas cada caso é um caso, né? Nós temos interesses parecidos, visões parecidas, a gente gosta muito das mesmas coisas… E o Ri (como ela chama o marido) tem uma qualidade excepcional: além de ser um ótimo diretor, ele consegue criar um ambiente no trabalho onde as pessoas vivem muito felizes. A gente cria um ambiente feliz e as pessoas se transformam numa família, independentemente de posição social, seja ator ou caboman. A gente se dá muito bem com as pessoas e as pessoas se dão muito bem com a gente.

Bruna, você foi musa nos anos 80, mas ficou afastada da TV, morou fora, fez cinema… Por que você deixou a televisão?

Na verdade, eu não deixei. Não teve um abandono. Nem ao país e nem à televisão. Mesmo quando fui morar fora, jamais deixei minha casa no Brasil. Eu vinha e voltava. Minha casa continua no mesmo lugar, com as mesmas pessoas trabalhando… O que eu fiz foi buscar novas referências e estudar fora. Mas eu também trabalhava no Brasil! Durante dez anos eu fiz o programa ‘Gente de Expressão’, que viajava pelo mundo inteiro e entrevistei as maiores personalidades. Foi um período muito intenso. Eu viajava sem parar, quatro vezes por semana.

Você sente falta de atuar?

Mas eu continuei atuando. Fiz muito teatro em Los Angeles. Também fiz participações na Globo. Eu só não conseguia fazer protagonista de novela. Não por não gostar de televisão, porque eu adoro televisão. O problema era tempo mesmo. Me dou muito bem com a TV Globo. Eu tive a sorte de pegar personagens marcantes e complexos da televisão. A Globo sempre buscou essa qualidade: fazer minisséries baseadas em grandes livros, como os de Guimarães Rosa. Foi muito bacana.

Então você voltaria a trabalhar na TV?

O problema é a agenda, que eu não consigo conciliar. Meu tempo agora é super complicado, né? A Globo está sempre nos nossos filmes, produz os filmes junto com a gente.

Você está com 62 anos e teve uma foto sua que bombou nas redes sociais. Você foi até ao ‘Fantástico’ falar disso. O que você faz para manter a forma?

Eu sempre defendo muito a ideia que a gente tem que ter um equilíbrio em tudo que a gente faz. Não adianta você cuidar da estética se você não cuida da sua energia, da sua espiritualidade, se não trata bem as pessoas que estão em volta de você. Acho que tudo tem um paralelismo na vida. As pessoas refletem o que elas são. A felicidade é, sem dúvida, o melhor cosmético.

Mas você cortou carne vermelha?

É. Eu não como porque não gosto. Eu não sou uma pessoa radical. Todo mundo tem o direito de comer e fazer as escolhas que lhe fazem bem. Eu acho que a gente tem que buscar a felicidade.

Você é a favor da cirurgia plástica?

Sou super, claro.

Já fez alguma?

Não fiz, mas se eu precisar, meu amor, não tenho problema nenhum em fazer.

Você se acha sedutora, Bruna?

Não, eu não sou sedutora não! As pessoas acham que eu sou, mas na relação eu sou discreta. Tenho uma vida discreta. Sou uma pessoa muito ligada à minha privacidade. Eu não sou exibida. Não sou uma pessoa que gosta de se mostrar. Se você olhar minha carreira, vai ver que eu tenho uma postura superdiscreta. Eu gosto da delicadeza, eu gosto do lado mais sensível da vida, mais delicado. Nós temos que estar em busca da delicadeza da vida no mundo.

Você e o Riccelli estão casados há 37 anos, não é ?

Pois é! A gente até se esquece de fazer as contas porque quando a gente está junto cada dia é um dia, sabe assim? A gente vive muito o momento. É uma visão de como a gente se dá bem aqui e agora e como a gente está levando uma história que fez a gente crescer junto. A gente teve a grande sorte de se encontrar, de se amar, de se apaixonar, de viver muito feliz todos os dias.

Pois é. Vocês quando casaram eram dois ícones de beleza no Brasil. Nunca pensaram em se separar? Nunca teve uma crise mais séria?

Não, nunca. A gente nem vai dormir brigado: tem que resolver na hora e o diálogo é uma boa receita para tudo.
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