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'É uma dor enorme', diz comandante do Corpo de Bombeiros sobre tragédia no Centro do Rio

No VNT da EXTRA - 19 OUT 2019
Tragédia: bombeiro carrega colega em incêndio ocorrido no Centro do Rio Foto: Jorge Hely / Framephoto

"Estamos muito tristes. É uma dor enorme", desabafou o coronel Roberto Robadey, comandante do Corpo de Bombeiros, ao falar de uma das maiores tragédias da corporação. Três bombeiros morreram e outros três ficaram feridos durante incêndio na Whiskeria Quatro por Quatro, no Centro do Rio.

— Nós somos uma família de 12.200 homens e mulheres. Perdemos militares que você via todo o dia no quartel. Estamos todos consternados. Eu honestamente não lembro da última vez que o Corpo de Bombeiros perdeu um militar combatendo incêndio — afirmou o coronel, no final da noite de ontem, ainda no local onde sua equipe trabalhava.

Segundo Roberto Robadey, havia na Quatro por Quatro muito material inflamável, de combustão rápida. Isso, revelou, provocou uma quantidade imensa de fumaça.

— Tivemos e ainda estamos tendo uma dificuldade grande no rescaldo por causa da fumaça. Precisamos toda hora substituir equipes — revelou. Robadey disse que estava no quartel, acompanhando o incêndio desde o início. O incêndio que parecia controlado, no jargão da corporação uma "galinha morta".

— Tinha uma imagem dos bombeiros apagando as chamas que iam aparecendo. Pensamos: galinha morta. Parecia tudo sob controle. Foi uma grande surpresa quando o fogo começou a complicar. Muito triste. Agora vamos apurar o que aconteceu. O que pode ter dado errado — afirmou.
O coronel contou sem revelar os nomes que as mortes do sargento e dois cabos será apurada.

— A gente não sabe o que aconteceu. Eles podem ter se perdido, porque o ambiente é um grande labirinto. Estava tudo apagado. Havia muita fumaça. Não sabemos, mas vamos apurar, pesquisar, até entender o que aconteceu. Até porque não pode acontecer novamente — disse o comandante.

O coronel revelou que basicamente o fogo se concentrou no terceiro andar, onde havia mais chamas e fumaça. "Identificamos a documentação do imóvel. Estava tudo em dia. Tinha bastante extintores pela casa. Nós usamos os sistema de hidrantes. Todos os andares tinham hidrantes. Tudo funcionando — disse Robadey.

Robadey lembrou que este ano, depois do incêndio do hospital Badim e de outros que ocorreram seguidamente na cidade, foi cobrado pelo governador Wilson Witzel.

— Ele perguntou, preocupado com tantos incêndios. Fizemos uma pesquisa e a quantidade é a mesma do ano passado nos casos de incêndios urbanos. Tivemos mais fogo em vegetação este ano. Urbano é o mesmo número — afirmou o coronel.

Robadey disse que as mortes dos bombeiros preocupa.

— Não lembramos a última vez que um bombeiro morreu em incêndio. Vamos fazer uma pesquisa. Em 163 anos de história da corporação nós temos tudo catalogado. Até os dias de hoje. O último caso de um bombeiro morto foi de um guarda vida num treinamento na Barra da Tijuca há dois anos. Tivemos os bombeiros mortos na tragédia da Região Serrana, em 2011. Agora, em incêndio não lembramos.

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