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ECOLOGICAMENTE CORRETO

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Minha Várzea tem duas lindas palmeiras,
sentinelas de São Pedro!
Minha Várzea tem acácias com buquês de flores tão amarelas,
cheias de abelhas e coloridas borboletas.
Minha Várzea tem um rio chamado Joca
e ariscos que é preciso preservar.
Porque viver é preciso,
desde o varzeano silêncio da madrugada,
Onde podemos experimentar vagarosamente os sabores do vento,
das pimentas da feira de domingo aos encantos do amanhecer.

Minha Várzea tem pardais, macambiras e preás.
Tem agaves que dão fibras extraídas de suas folhas,
com a qual se fazem cordas, barbantes, tapetes e bolsas
do mais puro artesanato.
Minha terra tem algodão em flor.
Tem algarobeiras, que dão vagens para alimentar o gado.
Além de juncos, jurubebas e fedegosos medicinais.
E até mulungus que me forneciam madeira branco-amarelada
muito leve e porosa, da qual eu fiz tampas de garrafas
para fechar as águas-bentas,
Que me abriram os caminhos!

Minha terra tem o mais belo coqueiral
Tem um retiro do seu Olival,
com veios vertentes,
habitat de galinhas-d'água e rica fauna.
Tem um Itapacurá.
Tem um Vapor de Zuquinha. Que vapor!
Tem a fazenda Marisa - Maracujá agropecuária S.A.
Tem maxixe e melancia. Que maravilha!
Tem Zé Miranda a colher mel
de abelha Europa.

Várzea,
Minha Terra tem um brilho que não se pode apagar.
E assim 'como o meio ambiente começa no meio da gente'
É importante ressaltar que temos escolas que devemos conservar:

Escola Dom Joaquim de Almeida,
Educandário Pe. João Maria,
Escola Plácido Tomaz...

Ah, se eu fosse um passarinho voaria até lá, e nos seus jardins
pousaria de flor em flor, beijaria aquela menina morena...
Aquela que não cansava de encantar o
inesquecível avô do Victor e do Tomazinho,
Seu Nenê Tomaz de Lima!

Meninas varzeanas de toda beleza que,
mesmo de cara lavada, sem pintura alguma
"mais valem um pitéu"!
Já disse e repriso,
com todo respeito, estima e admiração :
Meninas de toda doçura,
caldo de cana, garapa
Cajá-manga, que gostosura!
Ou seria de umbu-cajá o suco?
Delícia de tapioca no alguidar,
Coco ralado, catolé e rapadura.

Consabido que ecologia é algo a se sustentar
Admiro sem maior espanto
a mais incrível e inacreditável,
a mais diversificada das espécies, a humana.
E sem matar bicho nem rasgar seda alguma,
homenageio a professora Zilda Roriz.
Ela que foi jovem, não faz muito tempo.
Por tudo isso, pela sua arte de bem ensinar.

Ah, aproveito o ensejo para dizer, sem desvios,
que saber ficar velho é, das artes de viver, uma das mais sofisticadas.
Hoje, eu só quero aqui deixar meu abraço sincero
para dona Zilda Roriz, mestra exemplar,
Argamassa e tijolo no alicerce deste poeta-aprendiz,
eterno menino a brincar, a correr enamorado
pelas ruas e becos da nossa amada cidade.

Várzea,
Quero com isso dizer
que envelhecer é não perder tempo,
é viver a cada instante, a cada dia, é não ter pressa.
apesar do viço que a vida nos rouba,
mas devolve-nos em moeda de igual valor, em experiência.

Viver, pois é se reconciliar com o Universo.
É agradecer por ter tido o privilégio de espreitar a vida.
É saber que uma boa história para ser contada não precisa de rodeios.
É usar sempre de franqueza, é ter estilo e poesia.
É desprezar os floreados inúteis.
O bom contador de histórias usa de metáforas raras, mas expressivas.
E uma história de vida bem vivida se conta por si mesma.
É bem verdade, não é mesmo dona Zilda Roriz de Oliveira?
Eis aí um ser humano com tanta destreza,
tão simples e tão grandiosa mulher!
Saiba, dona Zilda, que seus ensinamentos me fizeram ir além,
Eu cresci tanto com eles, que não comportava mais em mim a luz
que me fez acender por dentro. Obrigado!

Logo, passei a entender melhor da vida e do mundo.
Admirei o tempo, entre pedra e pedra, pela Várzea a dentro.
E agora sigo o meu caminho, sem esquecer de lembrar com gratidão tamanha
o quanto viver é gratificante, é mais que sobreviver.
É não apenas vegetar à sombra dos outros.
É ter luz própria e acreditar na força do sonho, com toda força!
A lição foi dada: Se cair, que se aprenda a levantar... Não se fique prostrado.
Ei-la: É na queda que a água ganha força!

Autor: JOÃO MARIA LUDUGERO DA SILVA
(28/11/2008)
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Beto Bello

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